Admiro as línguas há anos. Especialmente as aguçadas, as que se entretêm a apurar criticamente as ladainhas. Capazes de dissecar cadáveres, elevam as consciências ao zénite da boa moral. Algumas envenenam-se em rodeios, ânimos suspeitos, é uma iguaria de sons. E com propriedade, quando se encontram, tornam-se as mais caridosas sensibilidades, a fraternidade eleva-se ao vulcão.
Nos cafés saboreiam o tempo, discorrem tratados de compleição. Como é bom contemplar estas belezas.